Dia: 12 de novembro de 2019

A IMPORTÂNCIA DE SER CRIANÇA!

Por Beautyslime

O mundo está mais rápido? Está. As pessoas têm menos tempo para se dedicar a todas as atividades que gostariam? Sim. As formas de receber e divulgar conhecimento estão passando por uma transformação que nem se sabe ao certo ainda como será e quais efeitos trará? A resposta para essa pergunta também é sim.

Assim como também é verdadeira a informação que grande parte das profissões que existiam deixarão de existir em alguns anos; aliás isso já vem acontecendo. E muitas novas profissões serão criadas a partir da reconfiguração do admirável mundo novo, plugado e digitalizado que está ocupando todas as áreas do conhecimento e a forma das pessoas se relacionarem com o trabalho, o entretenimento e as relações humanas.

Dentro desse contexto, gostaríamos de chamar a atenção para uma questão: como fica ‘ser criança’ no meio de tanta velocidade, conexão e imaterialidade? Como preservar de uma forma orgânica e afetiva essa fase preciosa da vida?

Se formos estudar a história da infância, veremos que ela existe como espaço fundamental para a desenvolvimento saudável da vida dos seres humanos a menos de setecentos anos.

Até o século XV, a criança era vista como um pequeno adulto; que se vestia igual e deveria também se comportar da mesma forma que seus pais, tendo inclusive que ajudar nas tarefas cotidianas.

As mulheres se casavam muito cedo e geralmente com homens bem mais velhos. A expectativa de vida era bem menor. Uma pessoa que chegasse aos cinquenta anos, já era considerada idosa.

Havia pouco espaço para brincadeiras e interações lúdicas com outras crianças. Brincar não era um tema. O mundo era muito mais rígido e perigoso. Nem sempre a felicidade era um alvo.

Com o passar dos séculos, esse ‘lugar de existir’ antes da vida adulta, foi se configurando, sendo estudado e entendido em suas variáveis psicológicas, pedagógicas, motoras e afetivas.

Essa evolução acabou mostrando o quanto é importante deixar que as crianças usem todo o tempo possível para experimentar de forma lúdica o potencial de sua existência; de como é importante ser curioso, investigativo e como é importante brincar!

Infelizmente, nas última décadas, temos observado uma certa inversão nessa ideia. Parece que o ‘ser criança’, da forma como essa atividade se moldou, está se perdendo novamente.

Para além da brincadeiras tecnológicas estarem ocupando grande parte do imaginário, está havendo uma pressa em crescer. Afinal, tudo é tão rápido!

Quanto mais espaço houver para ser criança, maiores serão as chances da pessoa se tornar um adulto saudável e feliz.

È claro que um pouco de limites, ordem e rigor fazem também parte desse jogo, mas dar aos seus filhos o direito de serem crianças, é um dos melhores patrimônios que você poderá deixar para eles.

Não tenha pressa de ver seu filho se transformar em um adulto. O direito de ser criança é o melhor passaporte para a felicidade!