Dia: 26 de julho de 2019

Crianças e tecnologia: até que ponto o uso das telinhas é saudável?

Por Beautyslime

Se esse debate já era recorrente nas gerações anteriores, agora que estamos na chamada Geração Alpha, correspondente às crianças nascidas depois de 2010 e totalmente nativas do mundo digital, a questão da tecnologia acabou se tornando um verdadeiro beco sem saída. Tablets, computadores e televisores estão cada vez mais presentes em todos os ambientes e disponíveis para praticamente todas as idades.

Não tem mais como negar sua existência ou excluir totalmente seu uso da vida de alguém, algo que tampouco é recomendado. A principal questão que ronda a preocupação dos pais é como manejar esse uso de forma saudável e educativa. “Quanto menor a criança, menos recursos ela tem para lidar com a tecnologia. Já crianças de 8 a 9 anos são mais adaptadas para isso e têm mais recursos, organicamente falando”, comenta a psicóloga junguiana Katyanne Segalla. Portanto, é essencial que os pais e a própria instituição de ensino da criança estabeleçam algumas regras de uso, para tornar a experiência com a tecnologia algo mais saudável e educativo.

A especialista explica que quando se trata de crianças um pouco mais velhas a principal recomendação é controlar o tempo de exposição às telinhas. Para tal, a supervisão deve ser muito bem-feita, inclusive para que os pais tenham certeza da qualidade do conteúdo que as crianças têm acesso.

“O que a televisão e a internet fazem com a criança hoje em dia é apresentar estímulos para que o consumo seja constante. Os desenhos de hoje duram entre 10 e 20 minutos, é tudo muito rápido”, alerta a psicóloga. Se a criança é exposta a esse estímulo tão intenso por um longo período de tempo e com certa frequência, ela pode se tornar uma criança sem muita paciência para o mundo real e com dificuldade de focar, inclusive podendo desenvolver quadros de ansiedade.

“Com certo limite, a tecnologia pode ser saudável, já que ela proporciona acesso a conteúdos que nem sempre a criança tem com a família, mas é importante que isso seja mesclado com atividades reais, fora do mundo on-line”, conclui a psicóloga. A última dica de Katyanne para os pais é estabelecer horários para o uso dos videogames e dos tablets, por exemplo, mesclando com outros tipos de atividade, como atividades físicas, jogos de tabuleiro, contato com outras crianças e brincadeiras que estimulem a criatividade.

“Meu filho não gosta de tomar banho”: como criar novos hábitos

Por Beautyslime

Todos os dias a mesma cena se repete. Uma mãe ou um pai exaustos de tanto insistir para que seu filho vá tomar banho na hora que isto lhe é solicitado. Depois de repetir mil vezes que “sim, tem que ser agora”, o pequeno se convence a ir. Este é um dos relatos mais comuns entre os pais, mas especialistas asseguram que é possível – e necessário – criar novos hábitos.

“Ele arruma falsas obrigações. Tipo ‘já vou, tenho que terminar uma coisinha aqui’, como um jeito de tirar o foco do banho e colocar em outras responsabilidades”. Esse é o relato de Douglas Lastri, papai do Gabriel, de 8 anos – mas bem que podia ser o de qualquer outro pai  ou mãe de uma criança na mesma faixa etária. Lastri conta que essa é uma cena que se repete todos os dias em sua casa. Seu filho sempre inventa essas “falsas” responsabilidades, como terminar de ver um vídeo no YouTube ou até mesmo arrumar o quarto, tudo para fugir das obrigações com a higiene.

“A gente tenta conversar com ele e explicar que tudo tem sua hora e seu tempo”, comenta Lastri. Essa é a primeira e mais importante dica para os pais que passam pela mesma situação. É essencial deixar claro que o banho – assim como as demais práticas de higiene – precisa ser feito e ponto, sem exceção. O segredo é ter esse tipo de conversa com muita paciência, levando na esportiva e sem estresse.  Outra dica para tentar acabar com essa briga é recorrer a brincadeiras. Por exemplo, se o problema é entrar na água, incentive seu filho a levar um brinquedo para dar banho nele, ou adquira cosméticos que sejam divertidos e dialoguem com o imaginário da criança.